O São Caetano está de volta ao G-4 da Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta sexta-feira, o Azulão bateu o Vitória no Barradão pelo placar de 1 a 0, em partida válida pela 33ª rodada da Segunda Divisão, e retornou à zona dos quatro melhores classificados da competição.
No final do primeiro tempo, o golpe que fez a torcida do Vitória voltar ao ano de 2011. Danielzinho fez boa pela esquerda e rolou para Pedro Carmona chutar cruzado, sem chance de defesa para Deola. O gol calou o Barradão e colocou pressão sobre o técnico Ricardo Silva, que mandou o atacante Wiiliam para o aquecimento com uma missão: entrar nos 45 minutos finais e mudar o panorama que em nada favorecia o time baiano.
Novos personages, narrativa repetida
A partida foi a primeira do São Caetano após a demissão do técnico Emerson Leão. Com o triunfo, o time paulista chegou aos 61 pontos e subiu para a quarta colocação. A permanência no G-4, no entanto, está condicionada a um tropeço do Atlético-PR, que neste sábado encara o Guaratinguetá no Ecostádio.
Já o Vitória perdeu a chance de assumir a liderança da competição e ficar ainda mais perto do acesso para a Série A. Com 66 pontos, o time baiano continua como segundo colocado, mas pode cair de posição no sábado, a depender do resultado da partida entre Guarani e Criciúma.
Com a derrota, a segunda seguida no Barradão, o time rubro-negro também viu cair para sete pontos a distância para o primeiro time fora do G-4, com a possibilidade da diferença ficar ainda menor ao término da rodada.
Como próximo desafio pela Série B, o Vitória encara o Bragantino no estádio Nabi Abi Chedid, enquanto o São Caetano recebe o Atlético-PR no Anacleto Campanela em confronto direto por uma vaga no G-4. As duas partidas estão marcadas para o dia 3 de outubro, às 16h20 (horário de Brasília).
A tentativa de reescrever uma história
O Vitória entrou em campo decidido a exorcizar um antigo fantasma. Em 2011, o São Caetano venceu o Rubro-Negro no Barradão e impediu que o time baiano conquistasse o acesso para a Série A. A expectativa da equipe treinada por Ricardo Silva era a de reescrever nesta sexta-feira a história que há um ano atrás não teve final feliz. E as primeiras linhas começaram de maneira promissora.
Aos oito minutos, o lateral Nino Paraíba apareceu com perigo pela direita, invadiu a área e chutou cruzado. A bola já se encaminhava para o gol, mas Moradei apareceu no meio do caminho para impedir o tento rubro-negro.
Pouco tempo depois, a história que era para ser de superação e alegria sofreu uma reviravolta com tons dramáticos para o time baiano. O meia Pedro Ken, principal jogador da equipe rubro-negra, reclamou de dores musculares, caiu sozinho no gramado e acabou substituído por Eduardo Ramos. Para completar a tragédia do Vitória, o São Caetano passou a jogar melhor, anúncio de que a noite poderia terminar de maneira nada animadora.
Novos personages, narrativa repetida
No segundo tempo, Ricardo Silva resolveu apostar no ataque que ficou conhecido como 'torres gêmeas' e colocou William para fazer dupla com Elton. O objetivo era dar maior presença de área ao time. No entanto, foi o São Caetano, com os mesmos personagens dos 45 minutos iniciais, que assustou.
Em alta velocidade, Danielzinho invadiu a área e tocou na saída do goleiro Deola. A bola já se encaminhava para o gol quando bateu no 'montinho zagueiro' e saiu perigosamente pela linha de fundo. Na sequência, o Vitória tentou responder com Elton. O atacante recebeu na entrada da área, girou e chutou forte para boa defesa de Luiz, que em noite inspirada parou o ataque rubro-negro.
Aos 20 minutos, um milagre. Após bola cruzada na área, o zagueiro Gabriel subiu mais que a defesa do São Caetano e cabeceou forte em direção ao gol. Luiz voou no ângulo esquerdo e fez linda defesa.


Já nos acréscimos, o atacante William ainda tentou cumprir a missão dada por Ricardo Silva e quase mudou toda a história do confronto. O atacante recebeu cruzamento na pequena área, desviou de cabeça, mas a bola passou ao lado do gol do São Caetano. Na jogada seguinte, os jogadores dos dois times se desentenderam e criaram uma grande confusão na grande área do Azulão.
Chateados, os torcedores saíram do Barradão antes mesmo do apito final. Quem esperava assistir o Rubro-Negro dar o troco a um antigo desafeto, acabou vendo o São Caetano mais uma vez aprontar em Salvador. Para os comandados de Ricardo Silva, fica a sensação de que a história de um ano atrás se repetiu, ou que ao menos esta noite não houve o esperado final feliz.
Chateados, os torcedores saíram do Barradão antes mesmo do apito final. Quem esperava assistir o Rubro-Negro dar o troco a um antigo desafeto, acabou vendo o São Caetano mais uma vez aprontar em Salvador. Para os comandados de Ricardo Silva, fica a sensação de que a história de um ano atrás se repetiu, ou que ao menos esta noite não houve o esperado final feliz.